sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Farão sentido os privilégios da função pública?

Por ser um acontecimento raro, transcrevo parte de um texto de Vital Moreira com o qual concordo.
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Segundo ele, o congelamento (ou mesmo redução) dos salários da função pública "...pode justificar-se em termos de igualdade, considerando que as remunerações da função pública são em muitos casos superiores às do sector privado (o mesmo sucedendo com as suas pensões) e que os funcionários gozam de muitas outras vantagens (menor horário de trabalho, mais férias, menor desconto para a segurança social, um subsistema de saúde privativo que a respectiva taxa não dá para sustentar e, sobretudo, uma muito maior segurança no emprego)."
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Ao contrário do que sucede com as remunerações praticadas numa empresa privada, os salários da função pública são um assunto que diz respeito a todos os portugueses. Por uma razão óbvia e simples: é que os salários dos funcionários do Estado e das autarquias são pagos pelos impostos que todos pagamos. E pagamos muitos, demais mesmo.
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Os funcionários públicos são merecedores de salários e condições de trabalho tão dignas como as do sector privado. Mas não mais do que isso.
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E a verdade é que alguns dos privilégios de que gozam são verdadeiramente chocantes. Dois exemplos apenas:
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  • Existirá alguma justificação plausível para que um funcionário público trabalhe menos 5 horas por semana do que um trabalhador do sector privado? Será por terem uma produtividade maior?
  • Haverá alguma razão lógica para que um funcionário público tenha mais 3 dias de férias por ano do que um trabalhador do sector privado? Estarão mais cansados?

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João Castanheira

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