quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Fechar Portugal

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Em matéria de coesão nacional, o legado destes quase 3 anos de governo Sócrates é demolidor. Há um verdadeiro tsunami a varrer o interior de Portugal. Eis alguns exemplos:

Fecharam as maternidades de Chaves, Lamego, Mirandela, Barcelos, Amarante, Santo Tirso, Oliveira de Azeméis, Figueira da Foz e Elvas. As crianças de Elvas nascem agora em Badajoz.

Foram encerradas as urgências nocturnas nos hospitais de Anadia, Fundão, Peso da Régua, Cantanhede, Espinho e Ovar. Outros serviços de urgências hospitalares têm o destino traçado. Aguardam a estocada final.

Estão em fase de encerramento 56 serviços de atendimento permanente (SAP). Só nos últimos dias fechou o atendimento nocturno nos SAP de Alijó, Lourinhã, Murça, São Pedro do Sul, Vila Pouca de Aguiar e Vouzela.
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Entre muitos outros, fecharam ou estão para fechar os SAP de Aguiar da Beira, Alfândega da Fé, Almeida, Carrazeda de Ansiães, Castelo de Paiva, Freixo de Espada-à-Cinta, Mêda, Paredes de Coura, Resende, Vila Flor ou Vimioso.

O ministério da educação fechou, em apenas 2 anos, 2.400 – duas mil e quatrocentas - escolas primárias, praticamente todas localizadas em zonas rurais do interior do país.

No âmbito da revisão do mapa judiciário, o ministério da justiça prepara-se para fechar ou desqualificar tribunais em diversas localidades do interior.

Em resumo, fecham-se cegamente serviços com o argumento de que têm más condições ou com a justificação de que o número de utentes é insuficiente. Por este caminho, os utentes serão cada vez menos...
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A política fiscal do governo PS dá uma ajuda à festa: dezenas de postos de abastecimento de combustíveis situados junto à fronteira fecharam devido à disparidade de impostos entre Portugal e Espanha. Já pouca gente das zonas raianas compra combustíveis em Portugal.
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Este é, sem margem para dúvidas, o mais violento ataque à coesão e à soberania nacional de que há memória. É, verdadeiramente, um convite ao abandono do interior do país por parte das populações que, estoicamente, por ali vai resistindo.

Se o objectivo de Sócrates é encerrar administrativamente metade de Portugal, o melhor era mesmo entregá-lo oficialmente a Espanha.
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João Castanheira

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