sábado, 19 de janeiro de 2008

Uma história que mete nojo

Carmona Rodrigues foi acusado pelo ministério público de beneficiar ilicitamente a Bragaparques, lesando em muitos milhões de euros a Câmara Municipal de Lisboa.

Não obstante a presunção de inocência a que, como é óbvio, tem direito, esta é uma história que mete nojo.
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Segundo o Público, tudo terá começado com a aprovação ilegal dum pedido de informação prévia, que atribuiu à Bragaparques o direito de construir 46.500 m2 no Parque Mayer, decisão que constituía uma violação do PDM. Um terreno comprado por 11 milhões de euros passava assim a valer 55 milhões, isto é, 5 vezes mais. Não existe no mundo negócio com tamanha rentabilidade. Suponho que nem o tráfico de droga ou armas.

A sórdida tramóia prosseguiu com uma muito conveniente permuta de terrenos: a câmara fica com o sobreavaliado Parque Mayer e entrega em troca uma parte dos terrenos da feira popular, esses sim com um alto valor patrimonial.

Em seguida, a câmara atribui à Bragaparques um inexistente direito de preferência na compra da parte da feira popular que não tinha sido permutada. Esta operação terá desviado dos cofres da autarquia mais 1 milhão de euros, que passou directamente para o bolso dos empreiteiros de Braga.

O banquete continuou com uma isenção do pagamento de taxas no valor de 9 milhões de euros. Mais uma verba que escorrega directamente dos depauperados cofres da autarquia para a conta da Bragaparques
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Tudo isto é de ir ao vómito.
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João Castanheira

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