sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O "engenheiro arquitecto" Sócrates

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Eis um dos casebres projectados pelo "engenheiro arquitecto" José Sócrates no concelho da Guarda:
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O requinte e o bom gosto do mamarracho acima retratado estende-se a todos os outros barracões cujo projecto foi assinado pelo agora primeiro-ministro.

Segundo o Público, estes monos eram na verdade projectados por um punhado de amigos de Sócrates, que por serem funcionários da Câmara da Guarda estavam legalmente impedidos de assinar os projectos.
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O esquema da assinatura de favor é conhecido e praticado em muitas das nossas autarquias. A coisa passa-se da seguinte forma: alguns técnicos camarários utilizam a sua posição privilegiada para encaminhar projectos de arquitectura e engenharia para os seus próprios gabinetes privados, frequentemente clandestinos. Aos cidadãos garantem uma rápida aprovação das obras, poupando-os ao calvário burocrático do licenciamento camarário.
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Como a prática é obviamente ilegal, os técnicos da autarquia socorrem-se dum engenheiro ou arquitecto exterior à câmara. Alguém sem escrúpulos e com pouco respeito pela profissão que, a troco duns cobres, finge ser o autor do projecto.
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Apesar do seu acidentado percurso académico e profissional, quero acreditar que o esquema acima descrito não foi utilizado por José Sócrates. O primeiro-ministro apressou-se, aliás, a confirmar que é o verdadeiro autor de todos os projectos que assinou.
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A confirmação de Sócrates levanta, porém, uma questão pertinente e por demais inquietante - será possível que o génio criativo do primeiro-ministro de Portugal tenha parido um conjunto de obras tão ordinárias como aquelas que o Público nos revela?
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João Castanheira

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