terça-feira, 27 de maio de 2008

Case Study

.
Há, nestes confins da Europe West Coast, um cidadão singular. O Nome é Moreira, Vital, a profissão, Professor Universitário, a função, guarda-costas oficial do Partido Socialista e porta-voz oficioso do Eng. Sócrates.

Existe, na criatura, algo de romântico, de abnegado, de genuíno. Emerge nele uma condição que perpassa a mera realidade palpável e nos remete para uma metafísica do ser, para a ilusão da existência, para um outro estado que ainda não alcançámos, mas que, nas suas prédicas, com certeza almejamos e alcançaremos. Há nele e ainda, um amanhã que canta...

O Prof. Moreira, no seu glorioso esforço para salvar a pátria por via da salvação que nos trás a boa nova socrática é um enviado, um digno representante da casta dos eleitos, que tudo vêm, tudo prevêm e tudo alcançam. O Prof. é a verdade e a verdade é o professor.

E para que se confirme, tudo isto está escrito, tudo isto é real, mas tudo isto é o nosso fado...

O fado da ilusão. A ilusão dos que ainda querem que vejamos o país que lá não está, a economia que não somos, o desenvolvimento que não temos e o atraso a que nos vamos condenando atrelados à boa nova socialista que este homem tanto apregoa e tanto nos tenta inculcar e, last but not least, fazer compreender o indigenato indigente.

Os amanhãs que cantavam e os sóis radiosos terminaram em 89, mas na verdade, na verdade que muitos persistem em acreditar, perduraram nos corações e nas mentes, à espera da hora, a hora certa, como nos diria Cesariny.

O problema, o verdadeira problema, é que o tempo ultrapassou a hora e as almas desencontraram-se. Ficou o Prof. e uns quantos, a pregar, a pregar.

E agora, agora importa descer à realidade e propor. Propor que se faça deste oráculo um case study sobre tudo o que não somos, não queremos ser e nunca deveremos desejar ser. A bem de Portugal.

Luís Manuel Guarita

Sem comentários: