terça-feira, 13 de maio de 2008

Se não queres ser betinho tens que te drogar!

O Instituto da Droga e da Toxicodependência é um verdadeiro case study da nossa administração pública.

O nome da coisa é um pouco abstruso. Parece designar uma entidade criada para promover a droga e a toxicodependência. Assim ao estilo do Instituto da Vinha e do Vinho, cuja missão é promover a produção vitivinícola.

Mas, sendo pago pelos nossos impostos, imagina-se que a missão do IDT se enquadre antes no domínio da prevenção e tratamento da toxicodependência.

Aqui há uns meses, o IDT foi notícia por difundir um folheto ensinando aos jovens como se deveriam drogar.

Hoje ficou a saber-se que o IDT criou um dicionário oficial destinado a crianças e jovens, onde se explica que “betinho” ou “careta” é “aquele que não consome droga e, por isso, é considerado conservador, desprezível ou desinteressante”.

É isso mesmo. A mensagem que o IDT está a passar às nossas crianças é a seguinte: se não queres ser “betinho, careta, desprezível e desinteressante” tens que te drogar e, portanto, tens que tornar-te “cliente” do IDT.

É certo que se não existissem toxicodependentes o Dr. João Goulão ficaria sem emprego, o que seria uma chatice. Mas isto começa a ultrapassar os limites do bom senso e da razoabilidade.

O que mais será preciso para a administração do IDT ser demitida?

João Castanheira

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