sexta-feira, 30 de maio de 2008

Uma obra-prima


Há edifícios que, pela sua força e singularidade, conseguem colocar no mapa cidades improváveis. O exemplo mais óbvio é Bilbao, urbe obscura e sombria, que graças ao Guggenheim, de Frank Gehry, saltou directamente para as rotas do turismo internacional.

Vem isto a propósito do genial Museu Iberê Camargo, projecto de Álvaro Siza, que hoje é inaugurado em Porto Alegre, Brasil.

Ao primeiro olhar, torna-se óbvio que o Iberé Camargo vai, rapidamente, transformar-se no novo ícone da capital do Rio Grande do Sul.

Ao seu traço habitual, Siza juntou um cheirinho do modernismo brasileiro – Niemeyer parece andar ali à espreita – e criou uma obra-prima arquitectónica que se confunde com uma peça de escultura.

É uma pena que o Iberé Camargo não tenha sido construído em Portugal, mas é a vida. Aliás, em entrevista ao Público, o arquitecto afirma não ter vontade de fazer mais nenhuma obra em Portugal, já que parte das que fez estão fechadas e ao abandono. É o caso do fantástico Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações.

João Castanheira

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