quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Somos todos tolinhos


O muro de silêncio que se abateu sobre o negócio da CGD com Manuel Fino é ensurdecedor.

A que título é que um banco público se torna accionista de fabricas de cimento? Voltámos definitivamente ao PREC?

Por que razão um banco público compra acções 25% acima do preço de mercado, desbaratando 62 milhões de euros que pertencem aos contribuintes?

E por que raio é que a CGD se inibe de vender as acções, assegurando a Manuel Fino a possibilidade de recompra e assumindo o banco todo o risco sem qualquer proveito?

O silêncio do Presidente da CGD e do Ministro das Finanças é insuportável.

A ser verdade, este negócio não é apenas ruinoso, é pornográfico. Em qualquer país do mundo civilizado, rolariam cabeças e seriam pedidas responsabilidades.

Por cá, o relativismo político, ético e moral leva a que tudo seja aceitável. Don’t worry, be happy!

Somos todos tolinhos.

João Castanheira

1 comentário:

Anónimo disse...

Como dizia ontem a Dra. Paula Teixeira da Cruz, o senhor Manuel Fino sempre foi um empresário sério, por isso cuidadinho com a lígua... Dito de outro modo, se a seriedade do senhor nos tiver custado 62 milhões de euros, temos que amochar e calar. Eu que também sou sério, gostaria de receber da CGD qualquer coisita. Será possível? Haja vergonha.